21/07/15 -
Josh Greenberg, de 28 anos, um dos fundadores do site norte-americano Grooveshark, foi encontrado morto no domingo (19). A informação foi confirmada nesta segunda-feira (20) pela polícia de Gainesville, na Florida, onde Josh morava.
O Grooveshark, criado quando Josh tinha 19 anos, foi um dos serviços de música mais populares do mundo. Mas o site foi desativado em abril de 2015, após uma ação judicial por direitos autorais.
Segundo o jornal "The Gainesville Sun", ele foi achado morto em sua cama pela namorada, que tinha passado o final de semana fora de casa. Não havia sinal de violência ou suicídio, de acordo com a polícia. O "Gainesville Sun" afirma que também não havia indício de uso de drogas.
A mãe de Josh, Lori Greenberg, disse ao "Gainesville Sun" que o filho estava aparentemente saudável e "animado com novos projetos que ele estava iniciando", e que ela ficou "perplexa" com a notícia. Uma autópsia foi realizada na manhã desta segunda, mas os resultados ainda não foram divulgados.
Grooveshark desativado
Os três criadores do Grooveshark (Josh Greenberg, Andrés Barreto e Sam Tarantino) desativaram o serviço de transmissão digital de músicas em abril de 2015. Segundo uma nota publicada no site, a ação aconteceu por causa de um acordo estabelecido durante um processo movido pelas grandes gravadoras americanas.
O Grooveshark era alvo de um processo por violação de direitos autorais que poderia condenar a empresa a pagar até US$ 736 milhões (mais de R$ 2,2 bilhões). O valor seria estabelecido pelo pagamento de US$ 150 mil por cada uma das mais de 4 mil músicas oferecidas de forma considerada ilegal no site. Segundo a própria empresa, o serviço chegou a ter mais de 20 milhões de usuários, compartilhando cerca de 15 milhões de músicas.
"Nós começamos há quase 10 anos com o objetivo de ajudar os fãs a compartilhar e descobrir música. Mas apesar das nossas melhores intenções, cometemos erros muito sérios", publicaram os responsáveis pelo Grooveshark, em nota. "Falhamos em obter licenças de quem é dono dos direitos de grande parte da música no serviço. Isso foi errado. Nós nos desculpamos. Sem reservas."
Fonte G1, texto com adaptações