Sajida al-Rishawi, que falhou ao tentar cometer um atentado suicida a bomba, e Ziyad Karboli, um combatente da rede extremista al-Qaeda, foram enforcados durante a madrugada.
As execuções ocorreram horas depois do "Estado Islâmico" divulgar um vídeo do piloto Moaz al-Kasasbeh sendo queimado vivo dentro de uma jaula. As imagens, cuja autenticidade ainda não foi completamente confirmada, mostram o homem de pé dentro da gaiola, com o corpo tomado pelas chamas.
O material foi distribuído por uma conta do Twitter conhecida como fonte de propaganda do EI.
O vídeo, que tem 22 minutos de duração, inclui uma sequência que mostra o piloto caminhando até o local onde foi morto em meio a destroços provavelmente resultantes de ataques aéreos da coalizão liderada pelos Estados Unidos contra jihadistas - da qual a Jordânia faz parte.
A notícia da morte do piloto vídeo veio à tona três dias depois de outro vídeo mostrar o suposto corpo do jornalista japonês Kenji Goto, também refém da milícia.
O tenente Moaz al-Kasasbeh foi capturado após o caça que pilotava cair perto de Raqqa, na Síria, em dezembro do ano passado. Ele atuava na missão que apoia a coalizão militar liderada pelos Estados Unidos contra o "Estado Islâmico".
A TV estatal jordaniana afirmou que a morte teria ocorrido há um mês - antes, portanto, de a Jordânia tentar negociar sua libertação por meio de uma troca de prisioneiros. A contrapartida das autoridades jordanianas seria libertar Sajida al-Rishawi.
Ela estava no corredor da morte por envolvimento nos ataques a bomba na capital jordaniana, Amã, em 2005.
Karboli, o outro prisioneiro, havia sido condenado em 2008 por matar um cidadão da Jordânia.
Segundo o correspondente diplomático da BBC, Jonathan Marcus, o vídeo que mostra a morte do piloto deixa claro que o "Estado Islâmico" nunca teve a intenção de libertá-lo.
"A manipulação do episódio pelo 'Estado Islâmico' mostra a importância que o grupo dá à guerra de informação", afirmou Marcus. "Fica clara a tentativa de criar problemas para as autoridades jordanianas e enfraquecer a coalizão árabe-ocidental."
Mamdouh al-Ameri, um porta-voz das Forças Armadas do país, disse na terça-feira que o tenente Kasasbeh "caiu como um mártir".
"O sangue dele não será derramado em vão. A punição e a vingança serão tão grandes quanto a perda dos jordanianos."
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