O Japão lembra, esta semana, os 70 anos das bombas atômicas lançadas pelos americanos sobre Hiroshima e Nagasaki. Depois desses dois ataques, o Japão se rendeu e a Segunda Guerra Mundial chegou ao fim. Hitler já tinha admitido a derrota alemã.
O dia no Japão foi marcado por muitas lembranças daquele 6 de agosto de 1945. Especialmente em Hiroshima, alvo da primeira bomba nuclear usada na história. Representantes de quase cem países participaram da cerimônia. Nos discursos, os pedidos pelo fim das armas nucleares.
Hiroshima é uma cidade bonita, moderna, e que anda no ritmo dos bondes. Em harmonia, convivem modelos novos com antigos. Um deles, de 1932, rodava durante a guerra e é uma lembrança daquela época, sobreviveu à bomba atômica. Mas acredite: não é nada se comparado ao que viveu a senhora Satoko.
Satoko Sasaguchi tem 83 anos e quando jovem, participou do esforço de guerra que envolvia o Japão. Com 13 anos, fez parte da turma de jovens funcionários que trabalhavam com os bondes.
Ficava de pé, recebendo o pagamento numa cestinha e anunciando as próximas estações com o toque de uma sineta. No dia 6 de agosto, quando a bomba explodiu, ela estava no refeitório da empresa, com o impacto, desmaiou.
O funcionamento do bonde não era simplesmente a recuperação de um meio de transporte. Era a prova de que um pedaço da cidade ainda vivia. "As pessoas estavam abatidas, mas era possível ver esperança quando o bonde passava. A esperança de que Hiroshima iria voltar. O bonde, e a vida, precisavam seguir em frente".
Fonte g1.globo
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