23/07/15 -
Uma equipe de 22 arqueólogos descobriram artefatos de pedra no Quénia fabricados há 3,3 milhões de anos, questionando assim, a história da evolução humana. As ferramentas em questão precedem a altura em que a espécie teria começado a evoluir para Homo sapiens que teria surgido há cerca de 200 mil anos, sendo que as mais antigas até agora identificadas são 700 mil anos mais novas e foram descobertas na Etiópia. O anúncio consta num artigo publicado na conceituada revista científica Nature.
O achado foi feito por acidente no campo arqueológico de Lomekwi, no Quénia, quando os arqueólogos liderados por dois membros da Stony Brook University se enganaram no caminho previsto. Ao todo, foram descobertos 150 artefatos num local sem a presença de quaisquer fósseis.
Desconhece-se, então, qual a espécie humana responsável por esta criação, até porque o antepassado comum mais próximo do Homem (Homo) como o conhecemos hoje, teria surgido há 2,5 milhões de anos na costa oriental de África. Ainda assim, o Globo escreve que o antepassado humano Kenyanthropus platyops estaria presente na região e que restos do Australopithicus afarensis foram encontrados no leste de África no mesmo período.
Os investigadores acreditam que os artefatos foram fabricados por uma, ainda por determinar, espécie de hominídeo, diz o Daily Mail. O certo é que os achados fazem crescer a crença de que formas pré-humanas exibiram comportamento "humano", além de desafiarem a ideia de que os nossos antepassados mais diretos foram os primeiros a fazerem de duas pedras um utensílio.
Se a descoberta confirmar que o homem é afinal quase 700 mil anos mais velho do que o que se pensava, isso obrigará a mudar todos os manuais de história. Ou os da ciência, porque pode também pôr em causa o último elo da teoria da evolução das espécies e mostrar que os pré-hominídeos já usavam ferramentas.
Seja como for, pode ser obrigatório dar novas datas à era da pedra lascada.
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