02/09/15 -
Após queixas sobre o aumento da perseguição em uma área dominada por muçulmanos no sul da Etiópia, o tribunal responsável pelo distrito acusou seis líderes etíopes da Igreja Ortodoxa por incitarem distúrbios públicos, destruírem a confiança pública no governo e disseminarem o ódio. O tribunal considerou os homens culpados e eles foram condenados de 5 a 9 anos de prisão, informou a Missão Portas a Abertas.
Os líderes citaram alguns episódios envolvendo o Estado Islâmico e falaram sobre um vídeo postado pelo grupo na internet em que os radicais executam violentamente líderes da Igreja Ortodoxa Etíope. Os seis foram obrigados a pedir desculpas, mas não convenceram o governo, por isso foram condenados e transferidos para a prisão em Worabe. O líder da diocese regional da EOC mencionou que eles vão recorrer ao veredito, mas disse que "a prisão é comum no cristianismo, e que é um bom sinal ser perseguido".
Há muitos anos, a Igreja Ortodoxa Etíope (Ethiopian Orthodox Church - EOC) tem sido perseguida e os cristãos estão cada vez mais vulneráveis à pressão do extremismo muçulmano em determinadas áreas do país. O templo está situado em Kilto, a 180 km ao sul da capital Addis Ababa, em Silte, que é uma zona muçulmana que foi escolhida, por unanimidade em um plebiscito, para a formação de uma zona separada, tendo Worabe como capital.
Atualmente, Worabe acolhe pelo menos quatro mesquitas as quais os cristãos alegam ser a fonte do aumento da perseguição, incluindo maus-tratos contra a igreja. Muçulmanos locais e funcionários do governo também colaboram para esse quadro de violência. Entre as reclamações dos cristãos, estão também a discriminação em oportunidades de trabalho, demissão de emprego sem justa causa, feedback negativo e injusto no desempenho de trabalho, queima de igrejas, ataques físicos e ameaças contra suas vidas. Informação e adaptação Redação Rede Super
Ore pelos cristãos das igrejas em Etiópia