Empresas que prestam serviços à Petrobras cortam postos de trabalho, foram mais de 1,8 mil demissões que aconteceram de dezembro até este mês.Veja situação de algumas empresas nos estados de RS, PE, BA, AM e RJ.
BAHIA
Em Maragogipe, no Recôncavo Baiano, está sendo construído um estaleiro para a exploração do pré-sal. Três empresas do consórcio responsável pela obra foram citadas na Operação Lava Jato e, desde então, as demissões começaram na empresa que administra o estaleiro.
Em quatro meses, mais de 2 mil funcionários foram dispensados, com a alegação de que o setor passa por uma crise.
RIO GRANDE DO SUL
O clima é de apreensão entre os metalúrgicos no Rio Grande do Sul que trabalham na fabricação de plataformas de petróleo.
De dezembro até agora, já foram mais de 1,8 mil demissões. Elas começaram depois que quatro empresas que prestam serviços para a Petrobras foram citadas na Operação Lava Jato.
Além disso, as obras estão praticamente paradas, o que gera incertezas sobre a manutenção dos contratos com a estatal. Só no ano passado, a cidade de Rio Grande (RS) chegou a ter 24 mil trabalhadores no polo naval. Hoje esse número não passa de 7 mil.
PERNAMBUCO
Em Pernambuco, a Alumini Engenharia, com sede em São Paulo, chegou a ter 8 mil trabalhadores no canteiro de obras da refinaria Abreu e Lima, mas 4,6 mil foram demitidos pela empresa nos últimos três meses.
A Alumini alega que ficou sem caixa pra manter os empregados porque não está recebendo pagamentos da Petrobras. Nos cálculos da empresa de engenharia, a R$ 1,2 bilhão.
Funcionários da Alumini protestaram contra atrasos de pagamento. A Petrobras diz que está em dia com as obrigações contratuais com a Alumini e que a responsabilidade de pagar os trabalhadores é das empresas terceirizadas.
RIO DE JANEIRO
A construção do Comperj chegou a ter 18 mil funcionários. Hoje, não passam de 6 mil. Operários reclamam de salários atrasados desde dezembro.
Na semana passada, manifestantes fecharam por duas horas a ponte Rio-Niterói para reivindicar o pagamento de direitos trabalhistas. A Petrobras não comentou.
AMAZONAS
Em Manaus, seis empresas prestadoras de serviços da Petrobras faliram por falta de pagamento da estatal, de acordo com o sindicato dos petroleiros. Funcionários dessas companhias ficaram sem receber salário.
Ainda segundo o sindicato, de fevereiro de 2014 a fevereiro deste ano o número da mão de obra terceirizada da Petrobras no Amazonas reduziu de 1229 para menos de 400.
O contrato com a empresa que emprega esses 400 termina em março e, até o momento, a Petrobras não deu sinal de licitação para uma nova contratação. O Jornal da Globo procurou a Petrobras, mas a companhia não se pronunciou.
Fonte: Jornal da Globo
Visitas: 1570550
Usuários Online: 1