27/11/2014 -
Aprendi que o melhor modo de ler a Bíblia é buscar compreender o texto
em seu contexto imediato e histórico, entender com clareza seu
significado para os destinatários originais e, a partir disso, perguntar
honestamente o que ele tem a dizer a mim e o que preciso mudar em
resposta. Mas o texto de hoje é duro...você leu? É como se eu chegasse a
igreja. Bíblia em baixo do braço, pronto para participar de culto, e
alguém cutucasse meu ombro. Eu me viraria e, estupefato, veria o
Senhor, ali, diante de mim. Ele diria: "Quem lhe pediu que colocasse os
pés nos meus átrios?" Então eu, amarelo, verde, branco, roxo,
balbuciaria: "M-mas eu V-vim para adorar o Senhor...", e ele me
interromperia: "eu não suporto as suas reuniões de adoração! Pare de me
trazer louvor inútil!" Sem me deixar vencer, tentaria: "Mas eu vim
orar!" E, surpreso, ouviria dele: "Quando você orar, esconderei de
você os meus olhos. Mesmo que ore muito." Mas por quê? Mãos cheias de
sangue. Mas quando minhas mãos se enchem de sangue? Evidentemente quando
sou injusto, cruel, mau, mas também (veja o verso 17!) quando me torno
conivente com a podridão do mundo. Um dos grandes problemas do
cristianismo de hoje é a realigiosidade oca. Aquela em que alguém
pratica atos de religião - louva com ardor, prega, lê, contribui,
(escreve?) mas vive sem compromisso, cuida muito de andar com Deus e
fazer sua vontade. Ser cristão não é só obedecer a um punhado de regras
sobre o que (não) comer, (não) beber, que hábitos (não) ter, o jeito de
adorar. Não é aprender a "declarar" ou "tomar posse da benção"... È ter
um compromisso radical com Jesus e o que ele quer fazer no mundo. Isto
ocupa 24 horas por dia; a participação em adoração e louvor formal na
igreja é apenas uma pequena parte do que a vida cristã significa.
Evangelista/Intercessor: João Leinhardt
Igreja de Nova Vida Brasília/DF
Extraído do Devocional Pão Diário
Rádio Trans Mundial -
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