Visto ser a
reprocidade indispensável para preservação da unidade dos deiferentes, o
cumprimento dos mandamentos recíprocos se torna condição precípua para o
testemunho cristão. Podemos dizer que ao cumprir tais mandamentos, o
crente manifesta o fruto do Espírito.
Visando preservar a Igreja de
males quem engendram contendas, o Novo Testamento nos apresenta os
seguintes mandamentos recíprocos expressos na forma negativa: "Não
julgueis uns dos outros" (Romanos 14:13); "Não faleis mal uns dos
outros" (Tiago 4:11); "Não queixeis uns dos outros" (Tiago 5:9); "Não
vos mordeis e devoreis uns aos outros" (Galatas 5:14-15); "Não vos
provoqueis uns aos outros" (Galatas 5:25-26); "Não tanhais inveja uns
dos outros" (Galatas 5:25-26); "Não mintais uns aos outros" (Colosense
3:9-10). Todos esses mandamentos se tornam uma consequência na vida
daquele que ama e, são plenamente cumpridos quando somos "transparentes
uns aos outros" (Tiago 5:16) e "perdoamos mutuamente uns aos outros"
(Efesios 4:32).
Nossos relacionamentos podem mudar para melhor a
partir da nossa decisão de observar com alegria o que Deus está mandando
em sua palavra. E Ele por sua graça, há de nos capacitar a termos
relacionamento vitoriosos e amizades duradouras.
Sabemos que é
propósito eterno de Deus que esses relacionamentos sejam autênticos
entre os membros da sua família. Daí a grande relevância dos mandamentos
recíprocos.
Sem dúvida, quando não cumprimos os mandamentos acima
apresentados, certamente, expomos o corpo de Cristo e, em todas as
circunstâncias, comentemos pecado, poluímos e infectamos a comunidade.
Por exemplo, em nenhum lugar na Bíblia, Deus nos autoriza a julgar o
nosso irmão, pelo contrário, tal prerrogativa é exclusiva dEle, que é
justo e santo.
Os imperativos expostos acima são mandamentos claros e
simples, extremamente profundos por sua objetividade e, portanto,
praticamente excluem qualquer possibilidade de interpretação errõnea.
Na realidade, Deus, em sua infinita sabedoria, jamais nos deixou à
vontade para fazer uso da lei em prol de condenar quem quer que seja.
Ao contrário, se a lei não aponta, antes de tudo, pra mim mesmo, então,
definitivamente, não compreendi o seu propósito e, consequente e
inevitavelmente, farei uso equivocado dos preceitos divinos, julgando
aos outros e difamando-os, descumprindo o que nos é dito pelo apóstolo
Paulo em I Timoteo 6:3-5.
Exortando aos Gálatas o apóstolo Paulo diz
"Se vos, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede não vos
consumais também uns aos outros" (Gálataas 5:15); é interessantes notar
que esta exortação está no contexto do uso da liberdade e, nesse caso,
Paulo faz questão de ensinar que a liberdade que em Cristo o crente
tem, é limitada pelo amor. Ele explica: "Por que vós, irmãos, fostes
chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à
carne; sede, antes, servo uns dos outros, pelo amor. Porque toda a lei
se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti
mesmo" (Gálatas 5: 13-14) e, completa dizendo: "Digo, porém andai no
Espírito e jamais satisfareis á concupiscência da carne" (Gálatas 5:16).
A não obsdiência aos mandamentos recíprocos pode ferir, de morte, a
Igreja, pode torná-la em pedaços mais rápido do que qualquer ataque de
homens e/ou demônios vindos de fora. Brigas e contendas impedem a
edificação por dentro e a conversão por fora.
Como servo do amor
devemos ser, em todas as circunstâncias, critériosos, em nosso modo de
criticar, avaliar, julgar e questionar atitudes dos outros, inclusive,
ao recebermos alguma informação negativa sobre a vida ou atitude de
alguém. O crente não pode esquecer em nenhum momento de que só Jesus
Cristo é juiz (Atos 10:42; Tiago 4:12)
Penso que obedeceremos aos
mandamentos recíprocos quando orarmos como Davi: "Põe guarda, Senhor, à
minha boca; vigia a porta dos meus lábios e o melhor do meu coração
sejam agradáveis na tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu"
(Salmos 19:14) Somos servos por amor!
Que o Senhor Jesus nos ajude a
cumprir e viver seus mandamentos, amando-nos reciprocamente,
protegendo, assim, o Corpo de Cristo.
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