O presidente da ANA (Agência Nacional das Águas), Vicente Andreu, afirmou que o sistema Cantareira, que abastece 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo, precisa de um "dilúvio" para chegar aos níveis dos reservatórios do início desse ano. Andreu participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (13).
"A solução dessa situação é chover e muito. Para chegar na situação que estávamos em 2014 até janeiro de 2015, pois precisamos de um dilúvio", declarou Andreu na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara.
Hoje, o nível do Sistema Cantareira caiu 0,2 ponto percentual em relação ao dia anterior, chegando a 10,8%. Com essa nova queda, a primeira cota do volume morto, água que fica no fundo das represas, praticamente chega ao fim.
São necessários 500 bilhões de litros de água para chegar aos índices do início do ano. Atualmente, o sistema Cantareira tem um deficit de 20% do volume normal, segundo Andreu.
"Precisa chover mais que a média histórica, mas não parece que isso vai acontecer", afirmou Andreu."O sistema Cantareira está próximo de 20% negativo do seu volume. Isso significa que estamos com um deficit para ser suprido. Nós teríamos no curto, prazo para que a gente entre na série de 2015 igual a 2014, suprir o deficit e voltar o volume de água em dois meses para entrar numa série que ainda depende do volume de chuvas que vamos ter", disse o presidente da ANA.
Na próxima segunda-feira (17) haverá uma reunião entre os membros do governo paulista e dos ministérios do Planejamento e do Meio Ambiente para definir melhor a execução das obras.
"As obras anunciadas pelo governo do Estado de São Paulo não resolvem a situação [imediatamente], essas obras entrarão em funcionamento em melhor das hipóteses em um ano ou dois", explicou o presidente da ANA.
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