Em uma escola de educação infantil de São Luís, para refrescar o ambiente só se usa ventilador. Ar-condicionado, nem pensar.
"Eu prefiro que não tenha. Pela possibilidade de complicações, de infecções, alergias desenvolvidas pelo ambiente que o ar-condicionado pode promover", conta Vanessa de Oliveira, mãe de aluna.
O problema é que os aparelhos de a- condicionado acumulam sujeira que depois volta para o ambiente.
"O ar-condicionado cria umidade dentro dele que facilita o crescimento desses germes, fungos, bactérias", afirma o médico Rubens Santos, do HU/UFMA.
Foi de olho no sol, fora dos laboratórios, que os pesquisadores
buscaram inspiração para desenvolver o projeto. Os raios solares emitem
uma radiação ultravioleta que funciona como um esterilizante natural do
meio ambiente. Mata germes e bactérias o tempo inteiro. O desafio,
então, passou a ser reproduzir a luz do sol em um ambiente fechado, com
ar-condicionado. Mas de um jeito que os raios UV não prejudicassem a
saúde das pessoas.
O equipamento criado no Instituto Federal do Maranhão é colocado na
parte da frente do ar-condicionado e joga a luz de uma lâmpada UV dentro
do aparelho. É essa radiação que elimina os fungos, bactérias e germes.
Os testes mostraram que o equipamento eliminou 98% da sujeira da água
que se acumula no ar-condicionado. Com isso, a quantidade de
microrganismos no ar caiu pela metade
Veja no vídeo imagens da coleta do ar feita sem o dispositivo. Manchas
coloridas são microorganismos que se desenvolveram em apenas 15 minutos.
Outras imagens mostram o resultado depois que o esterilizador foi instalado.
"É uma coisa que a gente sabe que existe na natureza, esse tipo de
emissão de ondas eletromagnéticas, mas não esperava que fosse agir de
uma forma tão precisa em um ambiente confinado", afirma Gilda Barreto,
professora de Microbiologia.
Fonte de Notícia
Visitas: 1570549
Usuários Online: 1